No último artigo falei sobre segurança nas redes sociais e sobre os pilares onde penso que deve assentar o uso seguro destas plataformas.
Um desses pilares são as pessoas que fazem parte da nossa rede de contactos.
Quanto maior for o número de contactos, maior é o alcance potencial do conteúdo que publicamos, mas também será menor o nosso controlo sobre o que pode vir a acontecer (bom ou mau).
Isto é parte da magia da Internet e das redes sociais.
Do ponto de vista profissional, os nossos objectivos devem ser muito claros. Desde melhorar a nossa reputação profissional, passando pela venda de produtos ou serviços, até ao simples gosto pela escrita e por partilhar conteúdos.
Tendo isto em mente, quanto maior for o alcance do perfil do nosso publico alvo, melhor. Desta forma, quanto maior for o tamanho das nossa rede de contactos e a sua afinidade em relação ao perfil procurado, melhores serão os resultados obtidos na nossa estratégia.
O problema costuma estar nos perfis sociais que dedicamos à nossa faceta pessoal e aos contactos mais próximos (familiares e amigos). Acontece muitas vezes, mas especialmente no caso dos profissionais que se dedicam de alguma forma ao mundo digital,
Fruto dessa combinação da faceta profissional e pessoal, os nossos contactos nas redes sociais costumam estar misturados. Numas redes sociais menos (LinkedIn ou Twitter) e noutras mais (Facebook principalmente).
Esta variedade de perfis torna mais complicada a publicação de conteúdos. Se publicares temas mais profissionais onde tens maioritariamente familiares e amigos, é muito possível que isso não lhes desperte qualquer interesse.
E quando sucede o contrário, o mais provável é que o conteúdo pessoal/privado seja irrelevante e fiques em risco de vir a ter problemas desnecessários.
Chegar a uma situação ideal nas redes sociais demora tempo
Há já algum tempo que penso nisto, nomeadamente qual a melhor forma de ordenar a minha identidade digital e como definir um plano pessoal de social media. Acabei por definir uma metodologia para optimizar uma estratégia pessoal nos social media.
Nestes anos tenho vindo a fazer alterações e adaptações à minha presença nas redes sociais, até que cheguei a um ponto onde me sinto mais seguro (por agora).
Uma das grandes mudanças foi a separação da minha vida pessoal e profissional. Tenho actualmente um perfil pessoal no Facebook, onde na medida do possível (nem sempre é possível separar ambas as facetas a 100%), tento manter tudo numa esfera pessoal/privada. Este é o lugar onde interajo e me mantenho a par das novidades de quem me é próximo.
Neste processo fui reduzindo a lista de amigos no Facebook até ficar apenas com pessoas que conhecia realmente e/ou pessoalmente. Na maioria dos casos a decisão foi fácil e simples.
No entanto, conforme a lista foi ficando mais reduzida, tornou-se mais difícil definir o critério para decidir a quem devia manter como ‘amigo no Facebook’ ou não. E mais ainda tomar a decisão de eliminá-la definitivamente. Mas a amizade continua, apenas mudamos a forma de estar em contacto.
O meu critério é manter apenas os amigos de sempre, amigos que vejo com frequência e familiares. É demasiado restrito? É, mas pelo menos sinto-me mais cómodo e seguro nas redes sociais.
Quem deve ser nosso amigo no perfil pessoal do Facebook?
Cada um é que deve decidir por si, obviamente.
Mas penso que o melhor é definir um critério claro. Isso vai tornar a nossa experiência pessoal no Facebook bastante mais agradável.
Seja qual for o nosso critério, estaremos mais cómodos tanto com as pessoas com as quais interagimos, como com os conteúdos que partilhamos e que lemos nos nossos murais.
Pessoalmente, passei de um mural cheio de conteúdos sobre marketing, onde não publicava nada pessoal, para um mural que me permite estar ligado ao dia-a-dia das pessoas mais próximas e ler outro tipo de conteúdos.
Tenho finalmente um espaço um pouco mais “privado” nas redes sociais (se é que isso é possível).
Continuo a manter alguns limites em relação aos conteúdos que público, mas pelo menos estou bastante mais cómodo e seguro do que antes.
E tu? Qual é a tua situação? Também tens algum critério definido sobre quem é teu amigo no Facebook? Qual?